Letras Visuais e Sonoras

Nesta página aprentamos a interação da literatura com outras expressões culturais e artísticas.

Literatura de cordel e novela: expressões culturais brasileiras


Preste atenção por favor

na história que vou contar

ela explica o que é cordel

grande manifestação popular.”

                                   ( Paulo Araújo )
 

Desde seu início na década de 60, as telenovelas têm marcado presença na vida diária brasileira influenciando hábitos e costumes dos telespectadores. A nova novela das 18 horas da Rede Globo que teve início em abril, toma o caminho inverso e resgata a literatura de cordel, cultura popular nordestina, como base para seu enredo.

Manifestação popular caracterizada por poesias escritas em folhetos, a literatura de cordel originou-se na Europa em meados do século XII.  Em Portugal, escritores amadores usavam cordões pendurarem e divulgarem suas produções em lugares públicos.

Com a vinda dos portugueses ao Brasil, a tradição de contar histórias se disseminou pela Região Nordeste tornando-se um dos símbolos da cultura e memória nordestina. No início, como as pessoas não sabiam ler e escrever, as poesias eram apenas decoradas e recitadas em feiras e praças, mais tarde, começaram a ser impressas em folhetos de forma rústica, com ilustrações em xilogravuras (técnica de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz) em suas capas.

Expressão do cotidiano do povo nordestino, a literatura de cordel apresenta enorme variedade de temas, nela encontramos romances, festas, aventuras, cangaço, sátiras sociais e políticas sendo que a ironia e o sarcasmo estão quase sempre presentes.                               

Em regiões rurais onde o acesso aos meios de comunicação formais é escasso, o poeta de cordel é visto também como fonte de informação e notícias exercendo função jornalística.


A importância do cordel não se limita à literatura e se expande como um registro histórico da cultura regional nordestina.

Para conhecer mais sobre a literatura do cordel acesse:

Fontes:


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O Primo Basílio - Eça de Queiroz 

Considerado um dos maiores escritores realistas do século XIX, o autor português José Maria Eça de Queirós (1845-1900), escreveu O Primo Basílio, considerada uma das obras primas em língua portuguesa. Escrita em 1878, a obra apresenta uma visão crítica da sociedade burguesa e da instituição do casamento, tendo como tema principal o triângulo amoroso.

Para ler uma análise do livro acesse: http://www.infoescola.com/livros/o-primo-basilio/
Para fazer o download do livro acesse o link: http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/port/Primo_Basilio.htm

Adaptações da obra

A história de O Primo Basílio foi adaptada para televisão, cinema e teatro.

Em 1988, a Rede Globo produziu uma minissérie baseada no romance. A obra televisiva foi adaptada por Gilberto Braga e dirigida por Daniel Filho. Os principais atores foram Tony Ramos, Marília Pera, Giulia Gam, Marcos Paulo.

No teatro, O Primo Basílio transformou-se em um musical pela escritora carioca Francisca Braga. A peça foi encenada em 2009.

O clássico literário foi transportado para o cinema em 2007, também com direção de Daniel Filho. O filme teve como atores Débora Falabella, Glória Pires, Fábio Assunção e Reynaldo Gianecchini.

Já a música “Amor, I Love You”, interpretada por Marisa Monte, inclui trecho da obra declamado por Arnaldo Antunes. Veja abaixo letra e vídeo desta canção.

Amor, I Love You
Autores Marisa Monte / Carlinhos Brown

Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar de você
Isso me acalma
me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pra as paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão
É um espelho sem razão
Quer amor fique aqui

Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu gostar de você
Isso me acalma
me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pra as paredes
Coisas do meu coração
Passei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão
É um espelho sem razão
Quer amor fique aqui
Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor quem está aqui

Amor I love you (4x)

" - Tinha suspirado
Tinha beijado o papel devotamente
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatado em seu calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido
Sentia um acréscimo do estímulo por si mesma
E parecia-lhe que entrava enfim uma existência superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu intuito diferente
Cada passo conduzia um êxtase

E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."

Amor I love you (4x)